CURRICULUM - Nasce 1964 - Angola.Licenciatura em Pintura e docente na Escola Secundária Infanta D.Maria. Mestre em Comunicação Estética, pela EUAC. Director Artístico no evento “Fimagem” (Figueira da Foz 1995). Comissário “Rota das Artes”, edições 2005-2006. Comissário 1ª Edição do Line UP Action (2010) – Festival Internacional da Performance. Expõe desde os anos 80 destacam-se: Do Acrideo que tem sede, Museu da Água, Coimbra 2010; Bienal da Madeira, Funchal, 2009; Urban (R)Evolutions, MIDEN Festival, Grécia; Ars Latina La Habanna, Havana, Cuba; Fonlad #5_09 - Digital Landscapes, TMG, Guarda 2008; Actores Urbanos #2, Foyer da Comissão Europeia, Luxemburgo, 2007, CoimbrAix en Provence, Convento S. Francisco, Coimbra 2006; S. Francisco Xavier - comemoração dos 500 anos, Cordoaria Nacional, Lisboa, 2006, Moonstruck Artists Biennale of Hong Kong, China, 2005; Convergências Madrid; Prémio Nacional Júlio Resende, 2001. Menção honrosa no Concurso Mondego 2008, Museu da Água Coimbra; Menção honrosa III Bienal de Arte de Vila Real, Fundação Cupertino de Miranda, 1999; Prémio Teixeira Lopes do Clube Rotários, Coimbra, 1992.
Quando me propus a realizar este trabalho foi com a convicção que existe uma necessidade de estabelecer pontes entre a arte e a ciência, um pouco à semelhança do que nos foi ensinado sobre o design, que este era uma ponte entre a tecnologia e a engenharia. E cabe ao artista, especialmente artistas interessados em áreas muito espcíficas como neste caso a robótica, estabelecer essas pontes. Por isso há que comunicar as nossas ideias a pessoas que sejam especialistas na matéria com que queremos entrosar. Penso que este ponto é essencial e traduz, em certa medida, uma viragem no método de trabalho do artista que deixa de ser solitário para passar a ser cooperativo. Neste ponto, e segundo artistas como Eduardo Kac e Stelarc, o artista tem uma posição priveligiada nesta parceria pois sabe melhor do que ninguém como chegar ao grande público em geral e assim, fazer-lhes chegar, igualmente, o trabalho da ciência, deixando esta de ficar restringida a uma comunidade muito específica. É claro que a informação que passa desta forma não é jornalística, mas sim independente, crítica e criativa. Podem alguns pensar quer estes exemplos de colaboração entre artistas e cientistas resultar em obras de arte onde, por vezes, é difícil definir onde a ciência termina e a arte começa, no entanto, eu penso que em ciência os resultados têm de ser reprodutíveis enquanto que na arte os eventos podem ser únicos, como o pretendido neste caso, pelo que aquilo que faço é arte e não ciência. O artista dispõe, ainda, de uma outra vantagem é livre, no pensar, no executar e no publicar, não depende de grupos económicos ou sofre pressões políticas, e isto faz toda a diferença.